
Qualquer um pode dizer que já sonhou em desfrutar de games, filmes ou até mesmo um vídeo comum através do periférico de Realidade Virtual, ou melhor, o VR. Mesmo não sendo uma das tecnologias mais acessíveis do mundo, não dá pra negar que ela já esta no mercado faz certo tempo, e que existem maneiras mais ‘acessíveis’ de desfrutar do recurso sem ter de desembolsar um valor estratosférico.
Nessa semana, porém, chamou atenção a declaração de Phill Spencer, da divisão Xbox Games, sobre o assunto. Segundo ele, ninguém mais estava interessado no VR, pois a demanda de pedidos dos fãs da Microsoft sobre o assunto praticamente não existia. A Sony tomou as dores da indústria para si, respondendo que faz produtos mesmo que seus clientes não peçam.
Apesar da ironia, a declaração não chega a estremecer a boa relação entre as duas empresas. Contudo, chama atenção que, especialmente sobre o tema VR, não exista um consenso dentro da indústria gamer. Há uma parcela das empresas que acredita na tecnologia, e até incentiva o desenvolvimento, como é o caso da Sony. Da outra parte, existem aqueles que preferem investir em outras ideias ou até em projetos próprios, como a Microsoft e a Nintendo.
Essa dicotomia que atinge a indústria, faz com que os clientes se apeguem ao fator empatia, torcendo para empresa X ou Y, ao invés de realmente entenderem qual o sentido do VR. São poucos os fãs que conseguem explicar do que realmente se trata a tecnologia, e como o VR pode ser utilizado para aumentar a imersão no mundo dos games. Simplificando, até o momento, ninguém soube muito bem utilizar o VR.
A realidade virtual chegou, ao menos em seu princípio, prometendo aproximar o jogador da atmosfera de seus jogos. Porém, mesmo com sua capacidade de imersão, foram poucos os resultados práticos na indústria. Temos a tecnologia disponível há pouco mais de 2 anos, e somente alguns poucos filmes, games e aplicativos realmente utilizam o VR. Com novas tecnologias no mercado, a impressão é que o periférico é ultrapassado em comparação direta com o 3D, sendo que é justamente o contrário.
Se pararmos para analisar, o 3D conseguiu melhores resultados e teve um impacto maior na indústria do entretenimento como um todo. Invariavelmente, houve certa influência nos games, mas as desenvolvedoras preferiam outras tecnologias, entre elas, o próprio VR.
Assim, resumir obsoleto pode ser uma definição um pouco fria sobre a tecnologia. O VR tem uma série de utilidades que vão muito além dos games. Talvez, seja a hora de deixar um pouco os games de lado e investir em outras abordagens que tornem a tecnologia algo realmente impactante. Ultrapassada ela não é, mas, se ninguém trabalhar com ela, provavelmente outra tomará o seu lugar.
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